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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

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Dona Aparecida e Chico Xavier

"Nascer, viver, renascer ainda e progredir continuamente, esta é a lei". Esta frase foi gravada no túmulo de Allan Kardec no cemitério Père Lachaise, em Paris, e sintetiza o pensamento sobre a Lei de Reencarnação, a qual podemos estudar no grande propósito da vida de Aparecida Conceição Ferreira, mais conhecida como Dona Aparecida ou "Vó Cida" (diga-se de passagem, convertida do Catolicismo para o Espiritismo), uma mulher pobre que se empenhou no serviço social voluntário em prol da saúde dos desvalidos e abandonados pelo poder público. Ela fez o papel de governo. Segundo as revelações da mediunidade de Chico Xavier, Dona Aparecida Conceição Ferreira, fundadora do Hospital do Fogo Selvagem, em Uberaba, foi um espírito abnegado que cumpriu uma missão de resgate cármico em Minas Gerais. Ela, educada na doutrina da Igreja Católica, disse que "detestava o Espiritismo. Só a partir de 1964 é que me aproximei do Espiritismo, quando estava fazendo a campanha de tijolos para construir o hospital. Chico Xavier esclareceu que o espírito de Dona Aparecida estava tentando resgatar débitos cármicos de uma vida passada em Portugal, mas não obtinha sucesso. Reencarnou algumas vezes e falhou. Mas desta vez conseguiu, reencarnando pobre e cheia de filhos espirituais doentes para cuidar. Tornou-se amiga de Chico Xavier e este lhe revelou que ela viveu no tempo da Inquisição, em Portugal, e que foi responsável por denunciar muitas pessoas inocentes à Igreja Católica, as quais foram queimadas na fogueira. Quando perguntou ao médium quem ela havia sido, ele respondeu que ela havia sido a mandante principal da Inquisição portuguesa. Por isso, quando ainda estava desencarnada no mundo espiritual e planejando sua reencarnação no Brasil, escolheu a profissão de enfermeira, e as falanges espirituais que a assistiam no planejamento de sua reencarnação providenciaram para que alguns dos espíritos que foram vítimas da sua atuação como mandante da inquisição reencarnassem também e viessem a se relacionar com ela. Tudo isso se concretizou quando ela trabalhou, em 1957, como enfermeira no Isolamento da Santa Casa de Uberaba que tinha especialidade no tratamento dos portadores do "Pênfigo Foliáceo", uma doença cujos sintomas se assemelham a labaredas que percorrem o corpo e deixam na pele verdadeiras marcas de queimadura, sendo ela a enfermeira responsável por cuidar desses doentes. Sua verdadeira missão de resgate começou quando a Santa Casa de Uberaba fechou a ala dos doentes que ela cuidava e a direção mandou todo mundo embora, sem tratamento e sem nenhuma orientação. Revoltada com o descaso da nova diretoria, Dona Aparecida levou todos os doentes para sua casa. Não há dúvida de que o descaso dos governos nas funções que lhe são destinadas de cuidar da saúde pública e da vida social do povo, é a variável que leva pessoas como Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce e Dona Aparecida a se insurgirem como protagonistas na defesa dos desprezados. Ao contar o que acontecera e falar sobre sua intenção de acolher em sua própria casa os doentes, a família se assustou! O marido e os filhos não aceitaram sua decisão e disseram: "Ou nós ou eles”. Não queriam aqueles doentes desfigurados dentro de casa. A enfermeira, com paciência, caridade e responsabilidade para com os pacientes que não tinham para onde ir, disse aos familiares: ”Vocês já estão todos grandes e criados, eles não tem ninguém, eu fico com eles”. E, realmente, a abandonaram. Após este episódio, Dona Aparecida chamou os doentes para dentro de casa. Os filhos foram embora, mas depois voltaram, assim que ela arrumou um outro lugar para os doentes. Compreenderam a tarefa espiritual da qual ela era missionária e passaram a ajudá-la. Os vizinhos, sabendo da atitude que ela tomara, a ajudaram com cobertores, lençóis, travesseiros, e ela agasalhou os doze. Naquele dia, ela ainda foi para a cozinha providenciar o almoço. Estavam só com o café da manhã, e já havia dado 4 horas da tarde. Chamou todos para dentro. Eles entraram chorando. Os vizinhos lhe ofereceram caixotes, colchões, tábuas, e ela, assim, conseguiu agasalhar os doze filhos espirituais que os auxiliadores espirituais providenciaram para que entrassem em sua vida. Eram três ou quatro horas da tarde quando ela foi fazer o almoço. Os doentes permaneceram na casa dela por dois dias, depois ela arrumou vaga no Asilo São Vicente de Paula. E foi assim, pulando de galho em galho, mas numa história longa, que Dona Aparecida Conceição Ferreira construiu o Hospital do Fogo Selvagem em Uberaba, responsável por atender e tratar milhares de doentes.

***** Pelo espírito de Ivon Costa
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