Angelluz: Meus irmãos, todos os espíritos ligados ao plano terreno precisam reencarnar para quitar suas dívidas. A Terra é uma Escola de Evolução. O espírito reencarna de tempos em tempos para quitar seus débitos morais e espirituais contraídos em vidas passadas, podendo, dessa forma, melhorar seu estado de consciência relativo à magnífica obra de Deus. Assim como a criança vai descobrindo aos poucos o mundo à sua volta, o espírito, pelo processo da reencarnação, vai descobrindo aos poucos sua relação espiritual intrínseca com Deus. Quanto mais o espírito evolui, mais se desapega do passado e do futuro, e foca sua consciência na eternidade. Depois que terminou sua obra espiritual em Minas Gerais, o espírito de Nhá Chica reencarnou na Bahia para continuar sua obra de caridade junto aos pobres, doentes e desvalidos. Houve, para esse espírito, um ganho de consciência e uma enorme queima de dívidas. Sobre o processo de reencarnação, ele pode ser muito rápido ou demorado. Nhá Chica desencarnou no ano de 1895 e reencarnou em Salvador, Bahia, em 1914, como Irmã Dulce. Ela permaneceu apenas 19 anos da Terra numa cidade espiritual. Lá, reencontrou seus entes queridos. Resolveu assuntos de natureza espiritual concernentes ao seu plano de reencarnação, auxiliada pela falange de espíritos que a assistiram e a inspiraram quando estava encarnada em Minas Gerais, e, novamente, essa mesma falange a assistiu no processo de reencarnação que faria na Bahia como Irmã Dulce. Os acertos foram em relação ao local onde nasceria, em qual família, o nível cultural do entorno e da família, quais as condições sociais e financeiras. Essas e outras particularidades da reencarnação de Nhá Chica foram planejadas por ela e por seus mentores espirituais. Assim como dizeis que o homem é um animal social, podeis também dizer que o espírito é uma entidade social. Os espíritos desencarnados vivem em grupos nas mais diferentes esferas do plano espiritual. O planejamento da reencarnação de qualquer espírito passa por uma junta de coordenadores e auxiliares. Essa junta também fica encarregada de proteger a obra que foi planejada para o espírito reencarnante. Assim como nas escolas existem equipes pedagógicas que, observando os documentos oficiais da Educação, coordenam o trabalho que o professor deve fazer em sala de aula, o mesmo ocorre no plano espiritual com os espíritos. Em sintonia com as regras da lei de evolução, essas equipes pedagógicas de espíritos planejam trabalhos espirituais na Terra. Portanto, baseados nesta verdade, pode-se dizer, por exemplo, que a missão de Chico Xavier na Terra não foi uma missão apenas dele, isolada ou algo que ele inventou de fazer a partir de uma etapa da sua vida. O seu nascimento em Pedro Leopoldo foi planejado também pelos supervisores espirituais, os mesmos que planejaram e acompanharam diretamente do plano espiritual a sua obra em Uberaba. Não são todos os espíritos desencarnados que podem planejar uma reencarnação rápida. No caso de Nhá Chica, que ficou desencarnada só 19 anos e logo reencarnou como Irmã Dulce, foi possível porque se trata de um espírito missionário. O nascimento e a obra de Allan Kardec também seguiram o mesmo parâmetro. Alguns espíritos igualmente muito evoluídos podem passar 100 anos, 200 anos e até muito mais anos desencarnados em planos espirituais muito evoluídos, de acordo com a vontade deles. Quando esses espíritos reencarnam para realizar uma obra importante para a evolução da humanidade, há sempre uma junta de espíritos supervisores, no plano espiritual, planejando e assessorando o trabalho que deve ser feito. Nhá Chica viu o espírito de Maria e conversava com ele corriqueiramente. Era o espírito Joana de Angelis, o qual fazia parte da falange à qual Nhá Chica estava associada e que planejou sua reencarnação em São João Del Rei. A obra espiritual que ela viria a desempenhar na cidade de Baependi, Minas Gerais, também foi programada por ela e por sua falange, bem como sua reencarnação na Bahia como Irmã Dulce.
***** Mensagem de Angeluz
LIVRO DAS REENCARNAÇÕES trata essencialmente da doutrina da reencarnação dos espíritos, segundo a Doutrina Espírita clássica e à luz do Evangelho de Jesus. O estudo da Lei de Reencarnação é fundamental para auxiliar o espírita no caminho da regeneração e da superação das dívidas morais, impulsionando-o para o progresso espiritual rumo aos mais excelsos patamares da iluminação e dos Mundos Superiores.
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