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sábado, 13 de maio de 2023

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Espiritismo-João Angelluz

Na sua última encarnação, o espírito de João Angelluz encarnou em Portugal, no Porto, em 1831, numa família de pequenos produtores de vinho. Estudou filosofia em Florença, Itália, e depois de se formar, ainda ficou na Europa mantendo contato com proeminentes intelectuais e com todas as vertentes da filosofia e do espiritualismo, sobretudo na França. Mas, requisitado pela família, voltou ao Porto, em 1856, e permaneceu trabalhando nos vinhedos da família, mas sempre atualizado com os últimos conhecimentos relacionados ao espírito Humano. Nessa época, ouvindo notícias sobre a mediunidade das irmãs Caroline e Julie Boudin, que trabalhavam com o pedagogo Allan Kardec na codificação do Espiritismo, interessou-se mais profundamente pela possibilidade da sobrevivência do espírito após a morte e pelas reuniões mediúnicas de contato com os espíritos desencarnados. Em 1870, à pedido da família, começou a viajar para o Brasil como representante e vendedor das marcas de vinho da família. Tendo adotado o Espiritismo como filosofia de vida, e profundamente convicto da necessidade de reforma moral que o espírito precisa implementar no comportamento para poder evoluir, João Angelluz, já no Brasil, quando visitava os clientes para oferecer seus vinhos, também difundia a doutrina da reencarnação entre eles, sempre que encontrava uma abertura para abordar o assunto. Em 1875, comprou uma área de terra em Campos dos Goytacazes com a intenção de plantar uvas e iniciar uma produção de vinhos no Brasil. Pretendia, dessa forma, baratear o custo da produção, eliminando as taxas de importação. Nessa época, a cidade tinha uma agricultura bem desenvolvida, com mais de 3600 fazendeiros estabelecidos na região. Ele então fixou residência definitivamente na propriedade que comprou no interior do Rio de Janeiro. À medida que iniciava a plantação das parreiras, continuava importando de Portugal as encomendas de vinho. Recebia também volumes do Livro dos Espíritos para distribuir a alguns intelectuais com os quais mantinha contato na capital, sempre empenhado em divulgar a doutrina espírita. Em 14 de abril de 1889, participou do Congresso Espírita Nacional, no Rio de Janeiro, que foi organizado pelo Dr. Bezerra de Menezes, e tinha como finalidade divulgar o sistema federativo da doutrina espírita, ou seja, normatizar o ensino do espiritismo com a mesma pedagogia para todos os centros. Entusiasmado com o movimento espírita no Brasil, João Angelluz dava palestras sobre a doutrina, porém não assumiu nenhum compromisso com vínculo institucional, devido ao seu trabalho de representante e vendedor dos vinhos da família, o qual demandava muitas viagens. Além disso, tinha que cuidar da produção e colheita das uvas, que já estava na segunda colheita e havia uma pequena produção de vinhos ainda não suficiente para atender a clientela. Dessa forma, João Angelluz foi o primeiro produtor de uvas na cidade de Campos dos Goytacazes. Em 1896, a família decidiu encerrar a produção de vinhos em Portugal, não sendo mais possível continuar a suprir as encomendas feitas no Brasil, e João Angelluz, pressionado pela família, vendeu as terras e voltou para Portugal, onde continuou se esforçando pela divulgação dos objetivos doutrinários do Espiritismo. Desencarnou, em 1900, no Porto.



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